Seja o seu maior compromisso
Seja o seu maior compromisso
Prezadas Famílias,
Estamos todos em casa!
Infelizmente, não da forma que gostaríamos. O fato é que estamos convivendo intensamente com sentimentos, emoções, preocupações e tendo de lidar com o isolamento social que a condição requer.
A pandemia não poupou ninguém. Estamos todos em casa, com as nossas famílias, partilhando o café da manhã, disputando o sofá e o canal de televisão, tendo de ouvir a música do vizinho, que soa mais alto que desejaríamos.
Em momentos, pegamo-nos agradecendo por estarmos bem; em outros, sofremos com a situação mundial. Estar em casa é uma oportunidade única, não somente para fazer aquela limpeza na gaveta do escritório que está cheia de papéis, mas para conviver em família. Esse me parece o desafio que o COVID-19 nos impõe ou nos proporciona, dependendo de como encaramos a situação.
Aqui, gostaria de trazer uma contribuição psicológica para o momento. O isolamento, nessas condições, pode despertar sentimentos de medo e de insegurança, aumentando nossa ansiedade repentinamente. Para lidar com o medo e com a ansiedade, é importante, em primeiro lugar, identificá-los e manter a calma. Uma dica é buscar informações confiáveis sobre o momento em que estamos vivendo, verificando a fonte das informações e evitando ficar conectados ininterruptamente nas redes sociais.
Visualizar notícias é importante, mas estabeleça um horário para acompanhá-las evitando o estresse contínuo. Evite fatos alarmistas, desconfie de notícias sem conhecimento científico e fuja de informações vindas pelo WhatsApp.
O medo é um sentimento inerente ao ser humano e é normal senti-lo em situações como essa, mas, nem por isso, ele deve controlar todo o seu dia. O mal-estar emocional gerado pelo medo e pela ansiedade pode ser aliviado se reconhecermos nossas emoções como naturais e aceitarmos que viver algo tão peculiar é traumático para todos nós, humanos.
O que fazer, então? Confiar que não existe outro remédio a não ser tomar as medidas protetivas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde, que são, comprovadamente, as mais eficazes. Assim, fique em casa. Neste momento, é fundamental manter a calma e a mente focada em atitudes otimistas.
Apoie-se na sua família e tente manter-se ocupado. Crie uma rotina diária, aproveite para fazer coisas de que você gosta, mas que estavam esquecidas ou em standby pela falta de tempo, como ler aquele livro esquecido na estante, assistir àquele filme que ganhou o Oscar, testar aquela receita dada pela sua avó e que ficou guardada por levar tempo demais nos preparos. Arrisque-se a fazer coisas novas, desenhar, pintar ou dedilhar o violão.
Fique com os seus filhos, observe-os e brinque com eles. Converse sobre o que eles estão pensando. Observe como agem quando perdem um jogo. Sim, jogue com eles aquele jogo de tabuleiro da sua infância e ensine-os os jogos da sua época. Conte histórias e aventuras que viveu.
Cuide-se!
Deixe a sua intuição despertar sua criança interior e aproveite. Desfrute a leveza de simplesmente brincar. Ore! Alimente-se com a fé e exerça sua espiritualidade. Pratique o autocuidado e acalme sua mente. Respire. Inspire e expire o ar. Sinta-o entrar e sair dos seus pulmões e deixe que todo o medo e pensamentos alarmistas e pessimistas saiam com a sua expiração.
Conecte-se com você.
E aproveite a oportunidade!
Sara Elisa Silveira
Psicóloga Escolar do Colégio Bonja
Coloco-me à disposição para tirar dúvidas, apoiar ou simplesmente conversar. Entre em contato pelo e-mail sara.silveira@ielusc.br .